quinta-feira, 22 de abril de 2010

Caramujo africano Novo Progresso vem sendo invadido por esses animais que causam doenças graves.

Caramujo africano Novo Progresso vem sendo invadido por esses animais que causam doenças graves.
Nos últimos dias vários desses animais vem aparecendo em Novo Progresso, veja como eles chegaram para o Brasil e como se prevenir das doenças causadas pelos caramujos africanos e evitar que os mesmos cheguem ao seu quintal.

Eles provocam doenças em humanos e em alguns animais; contaminam o solo e a água; devastam plantações, hortas e jardins. Podem transmitirem vermes que causam doenças neurológicas, como a meningite, embora dessa não tenha havido ainda registro no Brasil. Mas também pode passar aos humanos o causador da angiostrongilíase abdominal, doença fatal que ataca os intestinos (perfuração e hemorragia interna) e da qual há centenas de casos registrados no país. Diante disso, é surpreendente acreditar que chegaram ao Brasil, por volta de 1988, trazidos do Leste-Nordeste da África como uma alternativa para se substituir o escargot na culinária. Afinal, eles podem chegar a 15 centímetros de comprimento e 200 gramas de peso. Cada um equivale à meia dúzia de scargots. Só que o que era para ser uma solução virou uma dor de cabeça, pois os consumidores não apreciaram o sabor, a textura e o aspecto da carne.

Os caramujos então continuavam a se multiplicar rapidamente e a dar gastos aos seus proprietários. Sem acasalamento, cada um bota cerca de 1.200 ovos por ano. Acasalados o número dobra. Foi aí que os criadores começaram a se livrar de maneira inadequada dos bichos, soltando-os em rios, matas, terrenos baldios ou mesmo colocando-os no lixo. Infelizmente, hoje em dia, é praticamente impossível erradicar o caramujo africano, porque são seres hermafroditas - que se reproduzem espontaneamente - e que se adaptam facilmente a condições climáticas adversas. Embora existam predadores (alguns mamíferos e aves), a predação não é suficiente. Como não existe inseticida ou método de eliminá-los em grande número sem danos para o meio ambiente, a solução agora é o controle por parte da população.

A primeira medida é identificar o caramujo africano. O jeito mais seguro é observando a sua concha. Ela é de cor marrom-escura, com listras esbranquiçadas desiguais, um pouco em ziguezague. Os caramujos em geral gostam de locais úmidos e sombreados. Por isso, ao iniciar a busca do caramujo africano em seu quintal, verifique bem os cantos dos muros, as paredes onde não bate muita luz e os lugares em que possa haver acúmulo de galhos, restos de poda, folhas, madeiras, etc. Também são locais muito propícios os restos de construção, entulhos e, em especial, os tijolos furados. Os animais devem ser catados (um a um) usando luvas ou protegidas por mais de um saco plástico; depois de reunidos podem ser incinerados ou jogados em algum recipiente com água e bastante sal (nesse último caso, dissolvem-se); morto o caramujo, as conchas não deverão restar inteiras, para evitar que juntem água da chuva, na qual o mosquito da dengue poderá depositar ovos outra epidemia incontrolável.
Como se previnir
O IBAMA recomenda fervê-los durante 50 minutos ou então enterrá-los mortos e dentro de sacos em valas de 80 centímetros, jogando cal virgem em cima dos caramujos. Depois cubra a vala com terra. Para evitar que os caramujos africanos presentes em propriedades vizinhas cheguem ao seu terreno, prepare uma mistura de sabão em pó e água, formando uma calda forte, e espalhe sobre o muro. Refaça esse procedimento a cada três semanas ou após cada chuva. Outra forma de prevenção é observar se as folhas e frutos estão inteiros, ou seja, se não foram comidos por caramujos. Verduras, frutas e legumes devem sempre ser mergulhados em uma mistura contendo uma colher (sopa) de água sanitária para um litro de água, durante trinta minutos. Enxágüe muito bem antes de comer. Despreze sempre os vegetais que tiveram contato com os caramujos.





POR CJ MORAES

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