sábado, 16 de maio de 2009

Início da Pavimentação da BR-163 representará um um novo impulso à região de Novo Progresso

A pavimentação da BR-163 representará um salto de competitividade para o produto brasileiro. Segundo estudo encomendado pelo Ministério dos Transportes ao Instituto Militar de Engenharia (IME), quando asfaltada, a nova rota incentivará o desvio de boa parte da produção do Centro-Oeste, hoje exportada pelos portos do Sul e Sudeste do País. Em média, a distância de transporte será reduzida pela metade, calculam os agricultores do Mato Grosso, principais interessados na melhoria da Cuiabá-Santarém.
ROTA DE ESCOAMENTO DAS PRODUÇÕES
Na avaliação do produtor Egídio Raul Vuaden, integrante de um consórcio que formado para disputar a concessão da estrada, a BR-163 é de extrema necessidade para a economia do País. "Hoje toda infra-estrutura de transporte do Sul está sem condições para suprir o aumento das exportação. Por isso, temos de inverter o fluxo. Com a Cuiabá-Santarém deixaremos de percorrer 2.500 km para fazer 1.300 km."
Para o diretor do complexo soja da Cargill, José Luiz Glaser, se não houver uma saída pelo Norte, a infra-estrutura de transporte do Sul vai parar. A empresa inaugurou há dois anos um terminal no Porto de Santarém e deve embarcar este ano um milhão de toneladas.
Mas, pelas péssimas condições da BR-163, o produto é transportado de caminhão até Porto Velho, em Rondônia, e depois segue de barcaça até Santarém. Com a pavimentação da rodovia, toda produção de grãos de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, para cima, sairia por Santarém. Hoje, a produção de Sinop (MT), por exemplo, é exportada por Santos, diz ele.
Segundo o professor do Centro de Logística (Cel), da Coppead, Paulo Fleury, além do transporte rodoviário, a BR-163 vai reduzir o custo do frete marítimo. "Em vez de descer de caminhão até Santos ou Paranaguá e depois subir toda costa brasileira de navio, o produto pode ser levado direto para Santarém e de lá seguir para seu destino."
Segundo o estudo de viabilidade, outra vantagem do corredor de exportação via Santarém, é a possibilidade de apenas um transbordo. Isso significa que a soja será carregada nos caminhões na lavoura ou silo e embarcada no navio.
VANTAGENS PARA NOVO PROGRESSO
A vantagem em custo logístico dos produtos que chegam até o município de Novo Progresso será significativa, comparada com a situação precária atual que se encontra a estrada, encarecendo o frete e causando prejuízos.
A questão desemprego, que assola o município, poderá sofrer um impacto.Com o “fichamento” dos primeiros 400 nomes para trabalharem na empresa 03 Irmãos, responsável por pavimentação de 70 km de estrada saindo de Novo Progresso sentido Guarantã do Norte, já pode-se medir os efeitos animadores na cidade. É apenas uma das diversas empresas, que prevê-se estarem trabalhando na região nos próximos meses.”Assim que pararem essas chuvas” disse um engenheiro da 3 Irmãos, começamos a obra. “Vai faltar operários e sobrar vagas” opina um sindicalista de Novo Progresso.
A expectativa é Novo Progresso, com a pavimentação torne-se rota das mais importantes, já sendo alvo de cobiça de empresários das mais diversas partes do país, de olho no salto econômico e populacional que pode passar o município, é a opinião do empresário Edvaldo Rezende(popular Peito de Aço), que chegou na cidade, adquiriu uma fazenda próximo ao Riozinho das Arraias e uma chácara próximo a cidade de Novo Progresso, onde pretende instalar já nos próximos dias uma indústria de laticínios. “Vamos gerar inicialmente 10 empregos diretos e industrializar uns 1.500 lts leite/dia, mas sabemos da importância de nosso empreendimento para os produtores rurais, que terão na venda do leite mais uma fonte de renda.” Disse ele. Questionado sobre a falta de plantel de gado leiteiro na região, ele argumentou: “por isso mesmo estamos trazendo 400 matrizes leiteiras de Goiás para repassar aos produtores aqui do município, que quiserem trabalhar com leite”
Que o processo de pavimentação da 163 vire realidade, todos estão aguardando para ver, mas uma coisa é certa, em tantos anos de promessas centenas de vezes repetidas e não cumpridas, em nenhum momento da história tantas evidências apontaram para a realização desse grande sonho dos progressenses.

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