segunda-feira, 8 de março de 2010

ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL ACUSADO DE EXTORSÃO

Por: Manoel Cardoso

O pescador Emilson Martins (foto) procurou a 16ª Seccional na manhã da última quarta-feira, 03, para denunciar o escrivão da Delegacia de Óbidos, de prenome “Francisco” por prática de extorsão. Ele conta que após ter sido abordado no último final de semana por policiais civis e moradores das proximidades da comunidade de Lago do Poção, em Óbidos, teve vários objetos apreendidos, entre eles, uma malhadeira, uma rede e peixes, além de ter sido detido. Porém, após chegar na Delegacia daquela cidade juntamente com dois colegas, tiveram que pagar a quantia de R$ 530,00 cada, num total de R$ 1.590 mil, sob a acusação de tráfico de drogas.

Emilson Martins garante que na rabeta em que pescava não havia material entorpecente, mas confirmou que em sua embarcação haviam peixes que estão proibidos pela Portaria do Defeso e pescados que estão liberados, porém, todos foram apreendidos na operação conjunta de policiais civis com moradores de Lago do Poção, em Óbidos.

“Os moradores com os Policiais nos prenderam. Eles chegaram no barco abrindo a caixa e verificando se tinha drogas e apreenderam o barquinho e, quando chegamos na Delegacia tivemos que pagar o dinheiro para o escrivão Francisco para sermos liberados”, denuncia o pescador.

De acordo com Emilson, uma denúncia anônima pode ter sido a fonte para os policiais chegarem à sua pequena embarcação, argumentando que estavam procurando material entorpecente e mesmo sem ter encontrado o levaram preso juntamente com seus dois colegas de profissão, os quais tiveram que pagar a multa mais de R$ 1.500 ao escrivão Francisco, para serem liberados.

“Me deram ordem de prisão e disseram que iam me levar preso. Eu falei se eles quisessem me prender que me prendessem, porque eu não tinha condições de pagar a multa. Aí me levaram para a Delegacia de Óbidos”, reforça o trabalhador, afirmando que pagou a quantia para o escrivão Francisco e depois foi liberado, por isso procurou a Seccional de Santarém para denunciar o caso.

“Foi a primeira viagem que eu fiz. Eu tive que pagar o dinheiro porque falaram que me pegaram como traficante. Agora quero receber a rabeta e a malhadeira que eles apreenderam”, completou.

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