Os índios da tribo Kaiapó, em Novo Progresso, estão revoltados com o descaso do Governo Federal com a saúde indígena e prometem bloquear a BR 163 por tempo indeterminado.
Um surto de malária assola a etnia desde o mês de outubro de 2009, o remédio fornecido pela FUNAI (Fundação Nacional da Saúde Indígena) é insuficiente para o tratamento de tantos doentes.
Os agentes de saúde detectaram um verdadeiro surto de malária nos últimos 60 dias, mais de 70 casos da doença entre as três aldeias, Baú, Kubenkokre (KBK) e Pukany a mais afetada, com 60 casos confirmados.
O tratamento é feito na aldeia, como não tem remédio para todos, a saúde dos pacientes se agrava, sendo levados ao Hospital Municipal de Novo Progresso.
A estrada que dá acesso às aldeias se encontra intransitável, o problema se agrava, dificultando ainda mais o tratamento, quando conseguem chegar ao hospital público não encontram o medicamento em quantia suficiente, pois o governo federal, responsável pelo repasse dos medicamentos está falhando na distribuição em praticamente todos os municípios do estado, causando esse grave problema.
Segundo o coordenador da saúde indígena pela FUNAI, o índio Bep-y Kaiapó (Bey), existe a previsão de um conjunto de ações prevista a mais de cinco, onde o Governo Federal se comprometeu a implantar o PBA (Programa Básico Ambiental) que garante a manutenção das estradas para o escoamento da produção agrícola e de extrativismo pelos aborígines, para dar condições de desenvolverem a economia sustentável.
Na terça-feira 19/01/2010, foi realizada uma reunião entre os índios e os representantes do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes) nas dependências do Instituto Kabu, com sede na Rua Guarani na cidade de Novo Progresso, onde ficou acordado que os responsáveis pela manutenção da estrada, deveriam dar início aos trabalhos até o dia 26 do corrente mês, caso isso não ocorresse, os nativos prometiam se mobilizarem e programar o bloqueio da Rodovia BR 163, no trecho entre Novo Progresso e o distrito de Alvorada da Amazônia, em protesto e para reivindicarem melhorias na saúde dos Kaiapós, a manutenção e construção das estradas de acesso às três aldeias, a implantação do PBA e de uma sub-sede da FUNAI em Novo Progresso.
No dia 26 prazo final, o DNIT se manifestou através da Iskill Engenharia, que designou uma equipe com 08 profissionais e duas viaturas, para fazer o levantamento topográfico de 67 km de estrada, na Vicinal Paraná, que liga a aldeia Baú à BR, posteriormente os dados serão encaminhados ao DNIT para orçamento e licitação da obra.
O bloqueio da BR 163, instrumento usado muitas vezes no decorrer da história dos municípios dessa região, pleiteando seus direitos, geralmente é eficaz, pois traz enormes transtornos ao comércio e população em geral e força a negociação imediata, para que o problema seja sanado.
POR MANOLO GARCIA
Jornal Tribuna do Povo
Um surto de malária assola a etnia desde o mês de outubro de 2009, o remédio fornecido pela FUNAI (Fundação Nacional da Saúde Indígena) é insuficiente para o tratamento de tantos doentes.
Os agentes de saúde detectaram um verdadeiro surto de malária nos últimos 60 dias, mais de 70 casos da doença entre as três aldeias, Baú, Kubenkokre (KBK) e Pukany a mais afetada, com 60 casos confirmados.
O tratamento é feito na aldeia, como não tem remédio para todos, a saúde dos pacientes se agrava, sendo levados ao Hospital Municipal de Novo Progresso.
A estrada que dá acesso às aldeias se encontra intransitável, o problema se agrava, dificultando ainda mais o tratamento, quando conseguem chegar ao hospital público não encontram o medicamento em quantia suficiente, pois o governo federal, responsável pelo repasse dos medicamentos está falhando na distribuição em praticamente todos os municípios do estado, causando esse grave problema.
Segundo o coordenador da saúde indígena pela FUNAI, o índio Bep-y Kaiapó (Bey), existe a previsão de um conjunto de ações prevista a mais de cinco, onde o Governo Federal se comprometeu a implantar o PBA (Programa Básico Ambiental) que garante a manutenção das estradas para o escoamento da produção agrícola e de extrativismo pelos aborígines, para dar condições de desenvolverem a economia sustentável.
Na terça-feira 19/01/2010, foi realizada uma reunião entre os índios e os representantes do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes) nas dependências do Instituto Kabu, com sede na Rua Guarani na cidade de Novo Progresso, onde ficou acordado que os responsáveis pela manutenção da estrada, deveriam dar início aos trabalhos até o dia 26 do corrente mês, caso isso não ocorresse, os nativos prometiam se mobilizarem e programar o bloqueio da Rodovia BR 163, no trecho entre Novo Progresso e o distrito de Alvorada da Amazônia, em protesto e para reivindicarem melhorias na saúde dos Kaiapós, a manutenção e construção das estradas de acesso às três aldeias, a implantação do PBA e de uma sub-sede da FUNAI em Novo Progresso.
No dia 26 prazo final, o DNIT se manifestou através da Iskill Engenharia, que designou uma equipe com 08 profissionais e duas viaturas, para fazer o levantamento topográfico de 67 km de estrada, na Vicinal Paraná, que liga a aldeia Baú à BR, posteriormente os dados serão encaminhados ao DNIT para orçamento e licitação da obra.
O bloqueio da BR 163, instrumento usado muitas vezes no decorrer da história dos municípios dessa região, pleiteando seus direitos, geralmente é eficaz, pois traz enormes transtornos ao comércio e população em geral e força a negociação imediata, para que o problema seja sanado.
POR MANOLO GARCIA
Jornal Tribuna do Povo