Sitiante é penalizado por derrubada de Fazendeiro vizinho
A sra. Marlene Maria Rohling, esteve em nossa redação, relatando aquilo que poderá ser considerada um exemplo de abuso de autoridade do IBAMA, numa ação executada na sede da Associação Vale do Rio Claro, uma associação de trabalhadores rurais composta de 53 afiliados.
Por volta do dia 10 de agosto passado, agentes do IBAMA chegaram de helicóptero, no sitio do sr. José Francisco de Assis(Paulão), uma pequena propriedade de cerca de 25 alqueires de terra, localizada a cerca de 30 km da cidade de Novo Progresso. Os agentes queriam que o sitiante informasse sobre quem teria feito uma derrubada de 600 alqueires. O sitiante informou que nada sabia porque a sua propriedade apenas fazia divisa com a fazenda de outro cidadão, que não conhece. Mas os agentes não aceitaram isso e começaram agir com extrema brutalidade, expulsando o pequeno produtor da sua casa juntamente com sua esposa.
Os agentes começaram depredar a casa, quebrando inclusive os utensílios domésticos, como pia, mesa, jogaram panelas cheias de comida pelo chão, numa cena deprimente. Não contente com o vandalismo, na casa os agentes começaram a depredar uma motocicleta do sitiante com um machado, cortaram o tanque e pneus da motocicleta.
Após isso o rapaz foi trazido para a cidade, deixando para trás, esparramado porta a fora da casa, fogão, pedaços da cama e outros pertences. Segundo a presidente da Associação o sr. José Francisco continua na cidade, com medo de voltar para sua propriedade e sofrer novas retaliações do IBAMA.
A sra. Marlene, disse que na mesma vicinal desse episódio narrado acima, os agentes queimaram um barraco de trabalhadores fazedores de cerca e carregaram até a placa da Associação.
Agentes teriam falado para o filho da sra. Marlene, que dentro de reserva “é proibido criar associação”. A líder comunitária se disse revoltada, com a atuação violenta da fiscalização do IBAMA. “Pressão psicológica e expulsão de suas casas, num verdadeiro despejo, é isso que está acontecendo dentro das propriedades da Flona do Jamanxim. Eles não estão respeitando o TAC, pois ficou combinado com o Instituto Chico Mendes que quem não derrubasse poderia ficar na área até que definisse a questão dos limites da reserva. Agora estamos sendo expulsos de nossas casas com brutalidade”, disse a sra. Marlene.