Participaram da operação cerca de cem integrantes da Força Nacional de Segurança e fiscais do Ibama (Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Eles usaram helicópteros.
Diferentemente da primeira operação, realizada em meados de 2008, o gado apreendido não foi leiloado e convertido em dinheiro destinado à construção de cisternas pelo Fome Zero. Desta vez, o gado foi diretamente doado aos governos dos Estados da Bahia, Pará e Mato Grosso, que se responsabilizaram pelo deslocamento dos bois. O gado e os carneiros serão distribuídos para beneficiários de programas sociais.
O dono dos bois, Marcos Gonçalves Queiroz, nega que tenha sido notificado para retirar o gado da área. “Até as galinhas eles querem tirar. Já morreram algumas vacas, mas não estamos reagindo”, afirmou.
Queiroz afirma ter chegado à região antes da criação da Floresta Nacional do Jamanxim. Calcula seu prejuízo em R$ 500 mil. “Não tem mais como deter”, disse. Hoje, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) analisa o caso.
O coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, disse que a operação vai continuar em 2010: “Nosso objetivo não é pegar bois para dar ao Fome Zero, mas zerar o desmatamento na Amazônia”.
Segundo Barbosa, a operação da região de Novo Progresso durou oito meses e custou cerca de R$ 2 milhões, contabilizadas as horas de voo dos helicópteros. O coordenador estima que cerca de 50 mil cabeças de gado foram retiradas da região pelos proprietários.
Fonte: (Folhapress)