sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dois jovens mortos no garimpo continuam soterrados

A Tragédia que aconteceu no Garimpo Bom Jejus no dia 27 de setembro de 2009, noite de domingo para segunda-feira, ainda continua sem qualquer solução.

Os dois jovens morreram no desabamento de terra, quando trabalhavam na escavação no interior de um poço de extração de ouro, de propriedade do senhor Valmir Clímaco, empresário de Itaituba-PA, além de terem seus sonhos prematuramente interrompidos, suas famílias choram suas perdas, e mais, amargam a tristeza e o desgosto de não poderem sepultar com dignidade, seus entes queridos.

O acidente aconteceu no dia 27 de setembro, o dono do garimpo Valmir Clímaco foi comparecer no local somente no dia 02 de outubro e só no dia 05/10/09 que começaram a limpeza no terreno para posteriores escavações, para a retirada dos corpos, e até o momento não temos informação alguma se realmente já estão escavando para resgatar os corpos de Rodrigo Chaves de Camargo e de Julio Iglesias Pereira Leite (Gregue).

Rodrigo Chaves de Camargo, (de boné na foto) natural de Alta Floresta - MT faria 21 anos no próximo dia 28 de outubro, era piloto de avião e trabalhava de gerente na cantina de Valmir Clímaco no garimpo.

Julio Iglesias Pereira Leite, conhecido por “Gregue”, natural de Santarém-PA, completaria 26 anos no próximo dia 09 de novembro.

Parentes do Julio, contam que ele trabalhava neste garimpo a mais de seis meses. Quando houve a queda de barreiras, ele ficou com os membros inferiores presos entre madeiras e terra, desesperadamente pedia socorro, outros garimpeiros tentaram socorrê-lo, ele dizia que Rodrigo já estava soterrado na galeria e que não queria morrer também. Infelizmente não foi possível socorrê-lo. Amigos de Julio Iglesias contaram aos familiares que estiveram no local que, ele guardava com sigo, dentro de sua meia, todas as suas economias, seu dinheiro e seu ouro que ganhou com seu trabalho no garimpo.

Informações extras - oficias dizem que para resgatar os corpos pode demorar, pelo menos, mais duas semanas, eles estão a mis de 23 metros de profundidade e as escavações só podem ser feitas por máquina retro-escavadeira.

Jornal Tribuna do Povo/Manolo Garcia

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