quarta-feira, 8 de julho de 2009

Produtores cogitam trancar BR-163

Os produtores de milho em Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Mutum estão cogitando jogar várias cargas de milho na BR-163, bloquear o tráfego e protestar contra a demora do governo federal em promover os leilões para escoar o excedente de produção. A irritação dos produtores é com a falta de espaço para armazenar a safra. Os armazéns nas regiões Norte e Médio Norte estão lotados. "Se não sair logo o leilão até na próxima semana, vamos jogar 30 cargas de milho na rodovia e impedir o tráfego. Os produtores não suportam mais esperar", disse, agora há pouco, ao Só Notícias, o diretor da Aprosoja, Neri Geller. "Não podemos aceitar tanta demora. O governo está prometendo fazer leilões há 4 semanas. Não tem mais espaço para armazenar a safra", criticou. Sem espaço para armazenagem, os produtores temem por mais prejuízos.Ele explicou que os leilões são fundamentais para resolver o problema. "O milho que está nos armazéns será vendido com o Prêmio de Escoamento de Produção (Pepro). O preço de mercado hoje em Mato Grosso é de R$ 8 a saca. É um valor completamente inviável. O custo de produção gira em torno de R$ 13. Com o prêmio do Pepro vai ajudar os produtores a chegarem a um preço bom", calcula Geller.O governo definiu que, no Nortão (de Sorriso até Guarantã) o prêmio será R$ 4,68 por saca, no Médio Norte (Lucas e Nova Mutum) R$ 3,50 e, na região Sul, R$ 2,50.A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) tem estocadas cerca de 500 mil toneladas de milho. No Estado serão colhidas cerca de 5,5 milhões e precisam ser escoadas 2,5 milhões de toneladas que correspondem ao excedente. E isto só será possível com leilões. A colheita no Estado está em andamento. "O governo entrando no mercado agora, comprando milho e levando para o Sul onde há falta do produto, evitará que o milho naquela região chegue a R$ 25, evitando inviabilizar as indústrias", acrescentou Neri Geller.so noticias

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