quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Castelo dos Sonhos, em Altamira, recebe ações do Mutirão Arco Verde

O Mutirão Arco Verde Terra Legal, com três meses de atuação nos municípios que mais sofreram a ação do desmatamento na Amazônia Legal, realizará sua 16ª etapa nos próximos dias 2 e 3 de outubro, no distrito de Castelo dos Sonhos, município de Altamira, oeste do Pará.

Castelo de Sonhos, com cerca de 15 mil habitantes, situa-se a aproximadamente 1.000 km da sede do município de Altamira. O nome do distrito seria uma alusão a uma música popular homônima, muito executada na região. Nas décadas de 80 e 90, devido à notícia da abundância de ouro, houve a migração de pessoas de várias regiões do país, principalmente do Nordeste e Centro-Oeste.

Depois da atividade garimpeira, o setor madeireiro ocupou o lugar de principal potencial econômico da região, seguido pela agropecuária, com destaque para a produção de arroz e soja e, em menor escala, de girassol e feijão. O turismo seria uma nova opção de geração de renda, devido às áreas ainda preservadas, com cachoeiras - algumas ainda inexploradas - de diversas altitudes, rios e serras.

Castelo de Sonhos caracteriza-se por terras de mata baixa (cipoal), topografia extremamente favorável para a agricultura e pecuária e grande número de igarapés. Está entre as terras mais férteis do país, com altos índices de fósforo, nutriente raro na maioria dos solos brasileiros, e com outros nutrientes em índices bastante favoráveis, gerando um baixo custo de produção.

A região conhecida como Arco Verde está concentrada basicamente nos Estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia. Até 31 de outubro, as caravanas do Mutirão Arco Verde terão percorrido 20 mil quilômetros pela Amazônia.

Mobilização - A mobilização do governo federal envolve 13 ministérios, autarquias, empresas e bancos públicos. Coordenado pela Casa Civil da Governadoria e pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Meio Ambiente (MMA), o Mutirão, desenvolvido em parceria com Estados e municípios, conta com a participação dos seguintes ministérios e órgãos vinculados: da Agricultura (Embrapa, Conab e Ceplac); Previdência Social (INSS), das Cidades; da Cultura, da Defesa; da Educação, do Trabalho e Emprego; Secretaria de Patrimônio da União, Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca, Secretaria Especial de Diretos Humanos, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, BNDES, Sebrae, prefeituras e governos do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Roraima, Rondônia e Amazonas.

O governo do Pará participa por meio das secretarias de Meio Ambiente (Sema), Agricultura (Sgari), do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e outros órgãos.

Em pouco mais de três meses de implantação e com 1.071.294,69 hectares cadastrados para a regularização fundiária, os dados do balanço parcial do Programa Terra Legal comprovam que a área a ser regularizada está melhor distribuída entre pequenos e médios produtores da Amazônia.



Fonte: Agência Pará

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