sexta-feira, 23 de julho de 2010

ADOLESCENTE É ACUSADA DE MATAR O PRÓPRIO FILHO

Por: Manoel Cardoso

A Polícia Civil de Oriximiná abriu Inquérito para apurar as causas da morte de um bebê de quatro meses de idade, que ocorreu no último final de semana naquele Município. Para a Polícia, existe a suspeita de que a criança tenha sido morta pela própria mãe, uma adolescente de 17 anos. Ela também é acusada assassinar um outro filho, também bebê, de causas anormais, ou seja, sentou em cima dele dentro de uma rede e o matou asfixiado.

Depois de apreender a mãe da criança e conduzi-la para um abrigo de menores infratores em Oriximiná, a Policia Civil, sob comando da delegada Andressa Sousa (foto), encaminhou na última segunda-feira, 19, o corpo do bebê para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), em Santarém. O objetivo é descobrir, através do laudo pericial, se a criança foi espancada e morta pela própria mãe.

Após a conclusão do laudo e, caso seja confirmado o assassinato do bebê, segundo a Polícia, a menor de idade deve ser encaminhada para Belém, onde irá cumprir pena na unidade da Fundação da Criança e Adolescente do Pará (Funcap), especifico para meninas.

Mesmo com a transferência do corpo do bebê para Santarém, de acordo com o escrivão Sardinha, da Delegacia de Oriximiná, a menor de idade ainda está sob suspeita, porque não existe nada concreto se foi a autora do crime, o que deverá ser explicado com o resultado do laudo do CPC. Ele explica que a criança foi encontrada morta após a menor ter comunicado para sua tia de que seu filho havia morrido e, que a causa talvez fosse de doença, por apresentar gripe forte.

“Só existe a suspeita, mas não tem nada definido se ela matou ou não. A garota teria falado para sua tia que o bebê tinha morrido talvez de gripe. Por desconfiar das causas da morte, a tia da menor procurou a Policia para denunciar”, detalha o escrivão.

Em depoimento na delegacia de Oriximiná, a tia da adolescente contou que no dia anterior a morte, o bebê estava bem de saúde e, que por isso suspeitou de que sua sobrinha teria praticado o assassinato, porque o cadáver apresentava manchas em vários locais.

O escrivão Sardinha reforçou que no corpo da criança havia manchas, o que levantou mais ainda a suspeita da Policia de que a mãe dela teria praticado o crime.

“Estamos aguardando o desenrolar da investigação. Ela não está presa, foi apenas recolhida no abrigo para menores, com a autorização do Promotor de Justiça”, relatou o policial, acrescentando que a família da acusada afirmou que ela tem problemas mentais.

“Pelas evidencias, dá para crer que a acusada tenha deficiências mentais”, concluiu.

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